segunda-feira, 4 de maio de 2015

[Das Páginas Para o Ecrã] - A Teoria de Tudo (Pode Conter Spoilers)

A Sétima Arte anda muitas vezes de braço dado com a literatura. Decidimos portanto inaugurar esta nova rubrica onde exploraremos vários filmes, especialmente aqueles que nasceram da vontade de levar livros publicados para os grandes ecrãs.

Como fã dos Óscares decidi começar as primeiras edições desta rubrica com quatro dos cinco nomeados para "Melhor Argumento Adaptado" (Whiplash foi adaptado não de um livro mas de uma curta metragem).

Para estrear esta rubrica decidi começar com "A Teoria de Tudo" ("The Theory of Everything"). O filme foi inspirado pelo livro "Viagem ao Infinito" e conta-nos a história de vida de Stephen Hawking na perspectiva da pessoa que melhor conhece o famoso físico, Jane Hawking, a sua ex-mulher.

Comecemos pelo melhor do filme: Eddie Redmayne! O autor teve uma prestação brilhante que lhe valeu o Óscar de melhor actor. O actor britânico conseguiu captar a essência do físico e soube moldar o personagem ao longo do filme com base na evolução da doença. A sua interpretação foi pensada ao detalhe e mostra a luta que Stephen Hawking e a sua ex-mulher passaram ao longo dos anos enquanto a doença do físico progredia. Uma prestação que não deixou ninguém indiferente e que o lançou na rota dos grandes filmes. Tem já contrato assinado para o filme Danish Girls onde o seu papel promete fazer, novamente, furor.

Durante o filme Stephen Hawking descobre, ainda novo, a doença que irá condicionar para sempre a sua vida. Stephen apoia-se no facto de saber que o seu cérebro não será afectado pela doença para não se deixar ir abaixo. Ainda durante a faculdade o jovem físico luta por deixar a sua marca no mundo da ciência antes que seja tarde demais. Contudo a vida do jovem não é apenas a Física, o jovem apaixona-se por uma estudante de Línguas que não lhe sai do pensamento. Stephen vive a sua vida ao máximo entre o amor e os estudos pois nunca sabe como será o dia de amanhã.

Sendo Stephen o personagem principal, a sua mulher Jane, interpretada de forma igualmente brilhante por Felicity Jones, não é menos importante para a história do filme. A jovem abdicou de muito quando, durante a faculdade, decide passar os restos dos seus dias com o jovem físico, mesmo sabendo da sua doença e de tudo o que isto significaria no futuro. A vida de Jane nunca foi fácil, com os filhos ao seu cuidado e o marido cada vez mais incapacitado, a jovem acaba por se apaixonar por professor do coro que esta frequentava.

Um filme inspirador que aconselho todos a verem e que para mim tem apenas um senão. A evolução da doença de Stephen é por vezes feita de forma apressada para "caber" na duração do filme. Contudo, nem por isso o filme é menos bom!

TRAILER:

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