terça-feira, 26 de maio de 2015

[Opinião] 'Cidades de Papel' de John Green

Mais informação no site da editora.

Sinopse:

'Quentin Jacobsen e Margo Roth Spiegelman são vizinhos e amigos de infância, mas há vários anos que não convivem de perto. Agora que se reencontraram, as velhas cumplicidades são reavivadas, e Margot consegue convencer Quentin a segui-la num engenhoso esquema de vingança. Mas Margot, sempre misteriosa, desaparece inesperadamente, deixando a Quentin uma série de elaboradas pistas que ele terá de descodificar se quiser alguma vez voltar a vê-la. Mas quanto mais perto Quentin está de a encontrar, mais se apercebe de que desconhece quem é verdadeiramente a enigmática Margot.

Cidades de Papel é um romance entusiasmante, sobre a liberdade, o amor e o fim da adolescência.'

Opinião:

Uma pequena nota antes de começarem a ler a minha opinião: Esta acaba por ser uma opinião um pouco mais descontraída do que o habitual, por assim dizer. Ponderei imenso o que poderia dizer sobre este livro, há muito que esta opinião anda pelos rascunhos do blog, mas de facto o autor não me conseguiu surpreender e fiquei mesmo desiludida com a leitura, da qual esperava muito mais.




Ahhh John Green, como eu quero gostar dos teus livros! Depois de 5 livros que já li do autor há várias coisas que eu posso constatar, mas fiquemos apenas por duas delas, as mais evidentes (em especial se comparado com o À Procura de Alaska): de certa forma temos sempre os mesmos protagonistas masculinos, pouco atraentes, um pouco desajeitados e não muito populares; a personagem feminina é geralmente atraente e inalcançável (spoiler alert: normalmente É alcançável, geralmente com o final da história a aproximar-se).

Com isto, não posso dizer que desgosto dos livros de John Green, não me entendam mal, eu gosto, mas chega a uma altura em que já não sei se estou a ler o ‘À Procura de Alaska’ ou o ‘Cidades de Papel’.

Tal como em ‘À Procura de Alaska’ vi-me mais uma vez presa à personagem feminina do livro, neste caso Margo Roth Spiegelman, que se vem a tornar no ponto central deste livro (que podemos passar a chamar ‘À Procura de Margo’ daqui para a frente). Atraente e popular, é conhecida pelas suas aventuras lendárias. As cenas entre Quentin e Margo foram para mim as melhores partes do livro, e tenho pena que não tenham sido mais.

Sinto também mais uma vez que o factor que me prende ao livro, neste caso a personagem Margo, acaba por se tornar ausente da narrativa a certo ponto, e é aí que começo a perder o interesse na leitura.

Já Quentin acaba por ser uma personagem mais soft, que após um reencontro com Margo vê toda a sua vida virada de pernas para o ar (cof cof onde é que já vi isto cof cof) e começa uma aventura e a tentativa de descoberta do que poderá ter acontecido a Margo.

Para resumir, acaba por ser uma boa história, eu gostei (bem lá no fundo), mas reina em mim a sensação de repetição, de que já li isto em algum lado, aquele, ‘hmm acho que sei onde vai isto parar’ que acaba por tirar um bocado a emoção à leitura e faz com que não se torne memorável. Para quem nunca leu John Green, apostem no autor, tem obras maravilhosas, mas não sigam o meu exemplo de ler várias obras seguidas pois podem ter um resultado semelhante.

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