‘O Ano em Que Nos Amámos Perigosamente’ de Julia London, publicado pela Quinta Essência, foi a minha estreia com a autora. O título, a capa lindíssima e o facto de ser um romance de época, um género que aprecio, com um mistério por resolver à mistura, foram os aspectos que me levaram a adquirir este livro.
A história começa por nos apresentar o mistério das jóias desaparecidas de Lady Ashwood, mistério que acaba por ser o fio condutor da história. Alguns anos volvidos, focamo-nos agora em Keira Hannigan, que depois de um acordo com a sua prima Lily, assume o lugar desta como a mais recente Condessa de Ashwood até ao seu retorno.
Claro que a mentira teria perna curta e logo aparece Declan O'Conner, conde de Donnelly, que chega a Hadley Green e logo reconhece Keira e percebe que esta não é a verdadeira condessa.
Foi um livro morno, por assim dizer. Gostei da premissa, da tentativa de resolução do caso das jóias roubadas, mas ao chegar ao fim do livro e perceber que o assunto central do livro ficou por resolver foi um balde de água fria. Passamos páginas e mais páginas com Keira e Declan a investigarem para no fim ficarmos a saber quase o mesmo que inicialmente.
Agradou-me a história entre Keira e Declan, que há anos se conheciam e partilhavam sentimentos de culpa relativamente a uma tragédia ocorrida no passado. O lado sofrido de Declan e a culpabilização que impingia a si mesmo, conseguiu dar-lhe uma caracterização humana acima da arrogância que ele aparentava em público, fazendo com que eu, no meu papel de leitora, conseguisse perceber o que Keira via neste homem. Fora isso, nenhum dos protagonistas me arrebatou nem me prendeu ao livro ou à sua história.
No geral é uma leitura razoável, com algum mistério, romance e sensualidade embora, na minha opinião, o leitor chegue ao fim com a sensação de que ficou a faltar alguma coisa nesta leitura. A resolução do mistério das jóias roubadas poderia ter-me levado a uma descrição mais positiva do livro, mas parece que o mistério ficará para o próximo livro na série de Hadley Green.
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