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Desde que li ‘A Culpa é das Estrelas’ do John Green, fiquei curiosa com o seu restante trabalho. Decidi então aventurar com ‘À Procura de Alaska’, editado pela ASA, que para mim ficou um pouco aquém das expectativas…
A história apresenta-nos Miles Halter, um jovem de 16 anos com um fascínio por famosas últimas palavras e que sente a necessidade de fazer algo de relevante com a sua vida e partir à procura d’A Grande Incógnita. Decidido a mudar a sua vida, Miles deixa a sua casa, escola e família para trás e muda-se para um colégio interno no Alabama. Aí trava amizade com Coronel, o seu colega de quarto, e os seus amigos, Takumi e a peculiar e irreverente Alaska.
A personagem de Miles inicialmente apresenta-se como um jovem introvertido e pouco sociável que acaba por se juntar ao grupo de amigos do seu colega de quarto (conhecido no colégio pelas partidas que aprontam). Com eles, Miles começa a abrir-se mais, a ganhar mais confiança e a mimicar alguns dos comportamentos do grupo, numa descoberta tipicamente adolescente.
Alaska foi a personagem que me fez manter o interesse no livro. Pondo de parte alguns dos clichés que me pareceram forçados na construção desta personagem, Alaska mostra-se como uma personagem independente, mas ao mesmo tempo frágil. Foi a personagem que mais me intrigou na leitura no livro e senti falta de a conhecer melhor, de a perceber, algo que senti que não aconteceu no livro, pois ficamos sempre a querer saber mais sobre ela, o porquê de alguns comentários e atitudes que tem, sentimentos esses que de certo modo são espelhados pelos comportamentos do Coronel, e especialmente do Miles.
O livro tem uma escrita fluida, destinado a um público jovem-adulto, com capítulos divididos num antes e depois de um acontecimento que marca um ponto de viragem no mesmo, narrados pelo ponto de vista de Miles. O título não poderia ser mais apropriado, na minha opinião, pois todo o livro se centra, de uma forma ou de outra, na procura de Alaska.
A princípio deixei-me envolver nesta leitura, simples, não muito pretensiosa, uma história sobre adolescentes, as descobertas e o primeiro amor. A partir do momento em que acontece algo de marcante, um ponto de viragem no livro, comecei a perder o interesse no mesmo. A acção desenrolava-se sem qualquer tipo de acontecimento de relevo a que se pudesse dar grande importância.
Não foi, para mim, uma leitura genial, mas também não posso dizer que tenha sido má. Uma leitura razoável à qual atribuiria 3 estrelas pela Alaska, que para mim definiu a história e tornou-a suportável até certo ponto.
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