Vou estrear a rubrica Cantinho Otaku com um nome que está certamente bem presente na vossa memória (pelo menos se cresceram nos anos 90): Pretty Guardian Sailor Moon aka A Navegante da Lua aka Bishoujo Senshi Sailor Moon (no original).
O anime da Sailor Moon foi dos primeiros que vi do género e um dos responsáveis pela minha febre japonesa. Fiquei fascinada com o facto da história dar um papel forte ao sexo feminino e falar da amizade com tanta ou mais importância que o amor. E estas características não passaram despercebidas ao mundo também, a popularidade de Sailor Moon levou a uma influência inegável nos cartoons para raparigas em todo o mundo (é só lembrarem-se de cartoons com guerreiras que se transformam. Bastantes não?).
Mais tarde, quando descobri que todos os animes eram adaptados de mangás, soube logo que tinha de começar pela Sailor Moon.
A mangá da Sailor Moon foi publicada entre 1991 e 1997 (num total de 18 volumes) pela autora Naoko Takeuchi. Nem preciso de apresentar a plot portanto vou seguir para a opinião.
Mal comecei a ler fiquei espantada com as diferenças em relação ao anime (aliás a autora não gostou das alterações feitas e por isso temos agora o novo anime ^_~) . Para não ser muito maçudo vou enumerá-las em pontos:
- Estilo: Linhas suaves com traços incompletos. É um design incomum na manga, e ao princípio difícil de se acompanhar, mas ganha por ser muito feminino.
- Ritmo: Não existe o “monstro por episódio” e por isso a história desenvolve-se mais rapidamente para os vilões principais. Como a partir de certos episódios do anime este padrão torna-se aborrecido... é um ponto a favor da mangá. A única coisa que pode ser incómoda para algum é que passa-se rapidamente de um vilão para outro sem haver tempo para as personagens respirarem.
- Personagens: São mais maduras a meu ver (e mais espertas por assim dizer). A Usagi (Bunny) por exemplo continua a ser uma desastrada e chorona mas tem momentos em que consegue controlar a situação sem ajuda de ninguém. Os monólogos dela são especialmente bonitos.
- Relações: A autora explora na mangá as relações de forma mais liberal. A relação da Usagi e Mamoru (Gonçalo) tem cenas mais “quentes” e íntimas. O mesmo acontece com a Haruka e Michiru (Mariana). E lembram-se das starlights da última série do anime (em que o Seya apaixona-se pela Usagi)? Então leiam pois vão ter uma surpresa (ou não).
- Desenvolvimento das personagens: Infelizmente esta é a minha única crítica na mangá. Só houve espaço para o desenvolvimento da Usagi e mais nada. O anime tem a seu favor o facto de desenvolver outras personagens por ter mais episódios mas acho que a autora teria possibilidades para tal se abrandasse um pouco o ritmo.
Conclusão: Aconselho sem dúvida para quem é fã do anime, ou para quem ache o anime muito infantil, ou principalmente para quem quer ler uma história cheia de ternura e com uma bonita mensagem sobre o amor, a amizade e a coragem.
Matta ne minna-san!
Boa, uma rubrica sobre algo que adoro! ^_^
ResponderEliminarNo entanto Sailor Moon foi daqueles mangás/animes que nunca me chamaram a atenção nem em pequena :3 mas lembro-me delas claro.
Só chamando a atenção que não se chama design ao mangá mas sim estilo ou arte. E essas linhas não são assim tão incomuns :)
Boa sorte para a rubrica.
Olá Raquel! Obrigada desde já pelo comentário. ^v^
EliminarTens toda a razão! Em português diz-se estilo vou já corrigir ^_~. Quanto ao traço honestamente eu leio mais shonen que shoujo. E do shoujo que já li a Naoko pareceu-me ter algo muito peculiar no traço dela. Mas ando a ler mais shoujo ultimamente e terei atenção a isso.
Espero que gostes da rubrica! :3