‘A Confissão da Parteira’ de Diane Chamberlain, publicado pela Editorial Presença, foi mais um daqueles livros que assim que foi publicado entrou para a minha lista de procuras, acabando meses mais tarde por o adquirir e outros tantos meses depois lá foi feita a leitura.
Começamos por conhecer as três amigas, Tara, Noelle e Emerson, e um pouco da sua vida até que se dá uma tragédia, uma das amigas, a antiga parteira Noelle, suicida-se e deixa para trás segredos e arrependimentos que nunca contou nem às suas amigas mais próximas.
A partir desse momento são mostrados capítulos narrados pelas diversas personagens. Mas para mim o que torna esta história um pouco confusa é o constante contraste entre capítulos no presente, capítulos no passado… Enfim, andamos numa constante correria para trás e para a frente e em alguns momentos torna-se um pouco difícil de acompanhar.
Algo que me prendeu nesta leitura foi sem dúvida os mistérios por resolver e os segredos por descobrir. Parece que num momento já temos tudo alinhado na nossa cabeça, do género, foi isto que aconteceu, mas depois aparece outra informação que nos faz duvidar das nossas certezas. Um género de leitura montanha-russa: a leitura começa a ganhar ímpeto para uma qualquer revelação, acontece essa mesma revelação e voltamos ao inicio, prontos para voltar à viagem e chegarmos a uma nova descoberta.
Acabei por ficar com mais interesse no desenvolvimento da história propriamente dita do que nas personagens. Não achei nenhuma das personagens memoráveis, nem com grande desenvolvimento e nenhuma delas me cativou. Em alguns momentos quis saber mais sobre Noelle, pois acaba por ser a figura misteriosa que conecta todos os pontos nesta leitura, mas noutros momentos não consegui sequer gostar dela por tudo o que fez às pessoas que a rodeavam, especialmente às que lhe eram mais próximas.
O livro acabou por se salvar, na minha opinião, devido à surpresa no final, que mesmo assim vamos começando a perceber que aí vem com o aproximar da cena. É um bom livro, mas acaba por não ser bem o meu género de leitura, mas para quem gostar deste tipo de enredo, com personagens mais adultas do que as minhas leituras habituais e que retratem dramas reais (embora por vezes seja difícil de acreditar em algumas situações que ocorrem no livro), esta será uma boa leitura.
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