Recentemente a Editorial Presença publicou mais um livro da autora Gayle Forman. Já a acompanho desde a sua estreia em território nacional com ‘Se Eu Ficar’, que adorei, mas os livros seguintes pareceram ficar sempre aquém das minhas expectativas. Até a Editorial Presença ter publicado ‘Eu Estive Aqui’.
Primeiro tenho que agradecer o facto da editora me ter cedido um exemplar para opinião e depois tenho que dizer que, sem qualquer dúvida, ‘Eu Estive Aqui’ é, para mim, o melhor livro da autora até agora. Não sei se por ter tocado num tema que me é próximo e/ou de o ter feito de forma tão exímia que por vezes dava por mim a esquecer-me que o que estava a ler era um romance, uma história de ficção.
‘Eu Estive Aqui’, apesar de ser um romance, é o livro mais real e cru da autora. A forma como aborda as doenças mentais e o suicídio, fluem na leitura, não são tratados com tom de pena e comiseração. As doenças mentais são tão sérias como qualquer outra doença e Gayle Forman mostra isso com uma simplicidade que me arrebatou. Se alguém parte uma perna, não dizemos ‘anda que isso passa’; porque é que quando se trata de uma pessoa com depressão o comentário mais comum é ‘não podes ficar assim, tens que pensar positivo’ entre outros comentários que fazem mais mal que bem?
Isto é ‘Eu Estive Aqui’, um romance entre dois personagens que lidam com a perda de uma pessoa próxima e que partem à descoberta do que pode ter justificado o suicídio da amiga em comum. Uma história que não consegui largar. Um livro que fez Gayle Forman saltar de novo para o topo de autoras favoritas. Vai ser difícil superar este livro.
Acho uma leitura perfeita para o público em geral, mas sobretudo para jovens adultos, pois ao mesmo tempo que temos um romance de não querer parar de virar a página, somos brindados com pequenas referências em cada página que no final levam-nos a ver este livro como algo muito mais significativo do que ‘só um livro’.
Vale as 5 estrelas e mais algumas, quer pela consciencialização das doenças mentais, quer pelo romance que soou tão natural e tão fluido. Não me seria possível dar outra classificação a esta leitura que terá lugar cativo na minha estante, e certamente nas melhores leituras de 2016.
Eu comprei o livro em inglês, mas ainda não o li. Também a mim, os livros da autora pareceram sempre ficar aquém das expectativas (exceto "Apenas Um Dia" que adorei, mas a sequela foi uma desilusão).
ResponderEliminarMas agora fiquei ainda mais curiosa acerca deste! Vou ter de o pôr na minha lista de ler já no mês de janeiro!
Já agora, adorei aqui o blog! Convido-a também a visitar o meu blog, e espero que goste tanto dele quanto eu gostei do seu! <3
Beijinhos,
Carolina - leiturasdacarolina.blogspot.pt