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Devo começar por dizer que este livro foi para mim uma enorme surpresa, pela positiva. ‘O Longo Inverno’ era muitas vezes falado em diversos grupos literários no Facebook, e assim que o encontrei há uns meses na feira do livro, a um preço bastante convidativo, decidi arriscar na sua leitura. Ora claro está, aguardou meses na prateleira que eu o lesse, e só o fiz seguindo a sugestão que me foi dada de que seria uma óptima leitura.
E se o foi! A acção inicia-se na Lituânia, na década de 40 e apresenta-nos a família de Lina uma jovem artista lituana de 16 anos. A partir desse momento a acção desenrola-se rapidamente e em capítulos curtos que ajudam a prender o leitor ao livro. Ao longo da trama o livro vai trazendo ingredientes que vão cativando, recorrendo a flashbacks do passado da jovem Lina contrastando-os com os momentos dolorosos do seu presente.
Confesso que história é um tema que me fascina, mas muito sinceramente a situação dos lituanos na mão de Estaline era um tema que desconhecia por completo. Sendo a primeira vez que este tema me era apresentado numa leitura, vê-lo através do olhar adolescente de Lina fez-me sentir as variadas sensações que a personagem sentia, a raiva, o medo, a alegria e a esperança. Creio que a esperança é o tema chave nesta leitura. Lina e a sua família nunca quiseram deixar de acreditar que tudo iria acabar por bem e que o futuro os aguardava.
O único aspecto que não me permitiu atribuir 5* a este livro foi o desenrolar do final que na minha opinião acabou por tornar-se um pouco rápido de mais. Se há livros que pecam pelo excesso de páginas, ‘O Longo Inverno’ poderia contar com mais umas páginas que nos guiassem pelo futuro de Lina até à resolução do conflito.
Uma leitura rápida, dolorosa e fascinante ao mesmo tempo, que mostra a força que o ser humano pode encontrar dentro de si em momentos negros.
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